![]() JORGE, G. (Coord.), 2013. Para uma Ética do Território. Faculdade de Arquitectura – Universidade de Lisboa. 216 pp. | ISBN: ISBN 978-972-9346-37-8 Livro disponível para aquisição presencial nos gabinetes 6.1.12 e 6.1.14 da FA-ULisboa ou envio por correio (nacional ou internacional). Mais informações: arquitecturas.mar@fa.ulisboa.pt |
O conceito de território encontra-se frequentemente associado à ideia de um espaço onde uma ordem específica, seja ela proveniente da Natureza ou dos vários tipos de jurisdição, é exercida. Assim, um território é um espaço onde a ordem de qualquer coisa ou de alguém se manifesta e é respeitada. Tal implica que o mundo, nas perspectivas pelas quais se constitui, que são sempre diferentes, é acessível através da descrição do conjunto dos seus territórios. Será então o carácter da ordem definidora de um território que caracteriza as diferentes disciplinas e ramos do conhecimento que usam este conceito (o de ordem) como instrumento de análise. Para que os diferentes objectos de estudo, assim constituídos, possibilitem uma descrição com sentido é necessário adoptar critérios axiológicos que acabam inevitavelmente por determinar uma hierarquização dos territórios (enquanto objectos e elementos classificáveis) e um juízo sobre a sua presença (enquanto objectos de desejo, de fruição, de posse ou de ordenamento). Contrariando a neutralidade reivindicada por uma noção corrente de cientificidade, o estudo do(s) territórios(s) não está isento de pré-juízos, tanto do ponto de vista ético quanto do estético. Aqui ficam reunidas as tentativas desenvolvidas no contexto do Seminário “Para uma Ética do Território" encerrando-se um ciclo de encontros científicos onde se exploraram temáticas desenvolvendo-se dentro ou na proximidade daquilo a que se convencionou chamar “Arquitecturas do Mar”. As contribuições, muito variadas, dos participantes, mais uma vez, alargaram o campo de pesquisa de um determinado Território. Qual? Aquele que, como conceito e como objecto de estudo, se define, a partir das diferentes perspectivas disciplinares implicadas na análise das regiões onde a influência do mar é sentida. Assim, da Cultura à Estética, do Património às Tecnologias da Informação, da Paisagem à Antropologia, percorreram-se as investigações individuais ou grupais, mais recentes já concluídas ou em vias de conclusão, sintetizadas nas comunicações e, depois, discutidas nas mesas redondas que se realizaram no termo de cada painel temático. Muito brevemente, poder-se-á considerar que as conclusões mais gerais apontam para a necessidade urgente de se implementar a legislação e os instrumentos de gestão integrada permitindo reabilitar, conservar e desenvolver sustentadamente a totalidade do território definido pelas regiões ribeirinhas do país. |