Paisagem como Arquitetura é uma exposição que parte das colaborações entre os arquitetos Paulo David (n. Funchal, 1959) e João Gomes da Silva (n. Lisboa, 1962) e pretende explorar as diferentes formas como a paisagem se desenvolve enquanto lugar construído pela arquitetura. Ao lugar espontâneo, criado pelo tempo e pelas forças terrenas imprevisíveis, contrapõe-se uma outra espécie de lugar cuja origem é o engenho humano e a sua capacidade de fazer paisagem, fabricar o tempo e dar origem ao novo. Trata-se de, através de um conjunto significativo de gestos arquitetónicos, explorar o modo como a paisagem é palco do confronto humano com a história e com a natureza (lugar da nossa biografia) e como expressa a necessidade humana de ordenar o mundo e, simultaneamente, o desejo de construir o futuro (condição humana da natalidade). Esta exposição desenvolve-se a dois tempos: por um lado propõe, pela primeira vez, a apresentação e reflexão sobre a obra de dois arquitetos fundamentais para a compreensão da cultura arquitetónica portuguesa. Não se trata de exaustiva e cronologicamente apresentar os seus trabalhos, mas a partir da singularidade e pertinência (material, formal, reflexiva, processual) de alguns dos seus projetos caracterizar as linhas de força e o pensamento gerado por aquelas práticas arquitetónicas. Por outro lado, pretende assumir-se esta exposição como plataforma de reflexão e debate de importantes conceitos como paisagem, construção, história, biografia, desejo na sua relação com as diferentes modalidades do exercício contemporâneo da arquitetura. |
Organizado pela FeNEA e pela FNA desde 2007, o Concurso Nacional de Ideias(CNI) visa estimular a produção acadêmica sobre o tema da Reforma Urbana. O objetivo do CNI de fomentar o debate a respeito dos processos de urbanização desigual que vêm produzindo as cidades, apresentando-as como lugar da concentração de riquezas e tragédias; como obra do esforço coletivo que resulta em proveito de poucos; como ambiente da segregação. Em sua nona edição, o CNI coloca em discussão o tema: A participação popular e o direito à cidade: como democratizar a produção do espaço? Poderão participar todos os estudantes regularmente matriculados em instituições de ensino no Brasil, ou formados no ano de 2014. A participação poderá ser individual ou em equipes de até quatro membros, sendo que, dentre membros, ao menos um seja acadêmico de arquitetura e urbanismo, enquanto que os demais integrantes podem estudantes de outra áreas de conhecimento. Os projetos serão avaliados durante o XXXIX Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, e os premiados serão conhecidos na plenária final do encontro. CRONOGRAMA Inscrições: de 07 de abril a 30 de junho de 2015 (aqui) Envio dos trabalhos: até 10 de julho de 2015 PREMIAÇÃO A premiação será concedida às três (3) propostas que melhor contemplarem as questões propostas pelo concurso da seguinte forma: 1º lugar: prêmio de R$2.500,00 2º lugar: prêmio de R$1.500,00 3º lugar: prêmio de R$1.000,00 Os premiados e projetos que receberem o título de menção honrosa serão publicados no site da FeNEA e da FNA, além de outras plataformas web, a serem divulgadas nos mesmos sites. Os projetos vencedores também serão apresentados na abertura do 39º Encontro nacional de Sindicatos de Arquitetura e Urbanismo, que acontecerá em Campo Grande - MS, em novembro de 2015. |
genderSTE/ COST Targeted Network 1201 tem o prazer de abrir ao público a sessão “ENGENDERING STEM DISCIPLINES.STRUCTURAL CHANGE IN ACADEMIA: RECRUITMENT, RETENTION, PROMOTION AND LEADERSHIP OF WOMEN”, que decorrerá no dia 30 de Março, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa. Gostaríamos de poder contar com a vossa presença bem como com o vosso auxilio na ampla divulgação entre estudantes, colegas, público em geral. Para mais informação visitem-nos em www.genderste.eu ou no portal da nossa escola |
Temática central: a Qualidade no ensino de Arquitetura e Urbanismo. Eixos Temáticos: - Inovações Pedagógicas; - Competências Profissionais; - O Papel do Professor. Mais inofrmações na página da ABEA clicando aqui. |
A cidade de Luanda, em Angola, vai acolher o 2.º Fórum sobre Investimentos em Infra-Estruturas Urbanas em África, nos dias 29 e 30 de abril. A 2.ª edição do Fórum Sobre Investimentos em Infra-Estruturas Urbanas em África surge como uma excelente plataforma para reforçar, encontrar soluções e responder ao alerta dado pelas Nações Unidas, de que as populações urbanas do continente Africano vão aumentar em cerca de 50% até 2030 e que poderá existir a necessidade de construção de novas cidades. A organização é da responsabilidade da Revista African Business e da IC Events em parceria com a CGLU-A-Cidades e Governos Locais Unidos de África e com o apoio do Governo de Angola. São esperados mais de 350 convidados, estando já confirmadas as presenças, como oradores, dos ministros angolanos do Urbanismo e Habitação, Economia e dos Transportes, os Secretários de Estado da Habitação e da Construção, o diretor do Programa “African Center for Cities”, o Secretário-Geral das Cidades e Governos Locais Unidos de Africa (UCLG-A) e a CEO da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP). No decorrer do Fórum, os representantes terão acesso ao 1.º número da revista “African CitiesCidades Africanas”. A revista, publicada em três línguas (Português, Inglês e Francês), terá o foco exclusivo para o desenvolvimento das infraestruturas em Angola. A publicação será distribuída não só em África mas também no resto do mundo, incluindo os países de expressão de língua portuguesa como Portugal, Brasil, Moçambique e Cabo Verde. A noite de 30 de abril será marcada pelo Jantar de Gala da cerimónia de entrega do "Prémio José Eduardo dos Santos para Presidentes de Câmara, Governadores, Administradores Municipais e Equiparados". A noite contará com a presença do Presidente da República de Angola. Este prémio tem como objetivo destacar o trabalho dos líderes locais que atuaram de forma exemplar, no campo da chefia e visão estratégica; integraram nas suas medidas de ação um pensamento inovador, capacidade de gestão e consciência social; foram capazes de fomentar o crescimento económico e desenvolvimento da sua cidade e país e ainda impulsionadores de relações entre comunidades de diferentes contextos culturais e sociais. As cidades poderão concorrer ao Prémio José Eduardo dos Santos e as candidaturas deverão ser feitas até ao dia 5 de abril de 2015. Mais informações no site da organização |
A Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), a Ordem dos Arquitectos (OA) e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) promovem a terceira edição do Prêmio Nacional de Arquitetura em Madeira. O prêmio é aberto a obras que evidenciem o uso da madeira como material relevante na arquitetura, concluídas entre 01 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2014, de autoria de arquitetos membros da Ordem dos Arquitectos de Portugal. CRONOGRAMA Apresentação de candidaturas: até 31 de março Envio das propostas: até 31 de março Divulgação dos resultados: junho de 2015 PREMIAÇÃO Prêmio Sonae Indústria, no valor monetário de 10.000 euros, ao(s) autor(es) do projeto de arquitetura; Prêmio PNAM, que consiste num troféu em madeira, desenhado por Álvaro Siza; Uma placa em madeira com gravação de distinção e louvor para o dono da obra; Uma placa em madeira com gravação de distinção e louvor para a empresa de construção da obra. JÚRI O Júri do PNAM 2015, constituído principalmente por arquitetos, será composto por profissionais designados pelas seguintes entidades: OA - Ordem dos Arquitectos, que nomeia o Presidente do Júri; ESAP - Escola Superior Artística do Porto; FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto; Ordem dos Arquitectos - Secção Regional do Norte; Ordem dos Arquitectos - Secção Regional do Sul; LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil; Sonae Indústria. Para mais informações, acesse o edital do Prêmio. |
A 2.ª Edição do Fórum Sobre Investimentos em Infra-Estruturas Urbanas em África, agendada para os dias 29 e 30 de Abril, surge como uma excelente plataforma para reforçar e encontrar soluções para responder ao alerta dado pelas Nações Unidas, de que as populações urbanas do continente Africano vão aumentar em cerca de 50% até 2030 e que poderá existir a necessidade de construção de novas cidades. Depois do sucesso da 1.º edição na África do Sul, Angola é agora o país anfitrião, que vê neste evento a oportunidade de apresentar publicamente a stakeholders representantes do sector público e privado, os resultados positivos já alcançados com o gigantesco projecto de urbanização no país – “Novas Centralidades”. Nesse contexto, e a cargo do ministro angolano do Urbanismo e Habitação, José António M. da Conceição e Silva, estão programadas visitas locais aos principais projectos habitacionais em Luanda e arredores (Projecto Kilamba). Para o ministro do Urbanismo e Habitação, o evento é uma “excelente plataforma não apenas de atracção de investimentos infra-estruturais para Angola e África, mas também uma oportunidade de partilha de experiências e práticas de sucesso entre especialistas”. Uma organização da responsabilidade da Revista African Business e da IC Events em parceria com a UCLG-A Cidades e Governos Locais Unidos de África e com o apoio do Governo de Angola. Para o secretário-geral da UCLG-Africa, Jean Pierre Elong Mbassi, as cidades não são problemas, são soluções e “como em outras partes do mundo, o futuro de África é urbano”. Um novo paradigma de desenvolvimento confere um papel crucial às cidades e autoridades locais como agentes transformadores das sociedades africanas. A partir de agora, “as cidades de África devem assumir a liderança na forma futura do continente”, reforça o secretário-geral. São esperados mais de 350 convidados, estando já confirmadas as presenças como oradores dos ministros angolanos do Urbanismo e Habitação, Economia e dos Transportes, dos secretários de estado da Habitação e da Construção, do diretor do Programa “African Center for Cities”, do secretário-geral das Cidades e Governos Locais Unidos de Africa (UCLG-A) e da CEO da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP). |
O espaço arquitetônico como o conhecemos é deixado em grande parte vazio mesmo quando habitando. Nos tornamos acostumados a esse espaço vazio, o tomamos por certo, e a maior parte das pessoas não poderia imaginar uma vida na qual somos forçados a ocupar o espaço que usamos. Através da catalogação de nossas atividades diárias e da análise de nossos movimentos corporais, Stavros Gargaretas, do estúdio Why Factory da TUDelft buscou examinar a questão da eficiência definitiva do espaço com um projeto intitulado “The Evolving Room: Inhabiting Zero Wasted Space". O trabalho foi realizado sob a supervisão de Ulf Hackauf, Adrian Ravon e Huib Plomp, juntamente com o fundador do Why Factroy, Winy Maas, e venceu o prêmio Melhor Projeto de Graduação da Faculdade de Arquitetura. Combinando testes em escala real com materiais hipotéticos, essa exploração simula uma arquitetura extrema de ergonomia em tempo real e eficiência espacial. A narrativa subsequentemente produzida descreve os requisitos para determinar e habitar tal espaço, ao passo que também analisa os possíveis benefícios e limitações de um ambiente completamente adaptável. A pesquisa, desenvolvida em três etapas, busca responder a questão "Podemos viver sem desperdiçar espaço?" e desafia nossas percepções do espaço arquitetônico e de nosso contexto físico. No capítulo um da narrativa de pesquisa do projeto, observações do corpo humano e como ele pode ser monitorado e rastreado se tornam a base para uma ferramenta de mapeamento. Utilizando a tecnologia Microsoft Kinect Motion Tracking, Gargaretas registrou os movimentos de uma pessoa a cada dois segundos. Os registros oriundos desse processo puderam então ser compilados e conectados para rastrear seu comportamento ao longo do tempo. A partir desse estudo foi desenvolvido um modelo de espaço que foi posteriormente utilizado. Seguindo essa exploração inicial, a equipe então derivou a questão de como o espaço visualmente descrito pode se manifestar sob a forma de um espaço físico e real que atende perfeitamente às nossas necessidades ergonômicas. O segundo capítulo leva essa manifestação do espaço físico um passo além com o objetivo de escrever um programa para um novo tipo de material. A pesquisa deste capítulo elabora sobre as várias condições espaciais necessárias se nós quisermos viver dentro de limites tão cuidadosamente calculados. O material hipotético desenvolvido para tal programa deve ser extraordinariamente dinâmico, adaptando-se constantemente às necessidades físicas e ambientais de nossas vidas diárias, assim como o corpo humano se adaptou para realizar uma ampla gama de atividades em condições variadas. Do capítulo dois surge a questão mais difícil sobre se podemos ou não viver dentro desse ambiente completamente ergonômico. Ao utilizar testes em escala real, o capítulo três busca responder a essa questão e compreender mais profundamente a "ergonomia do conforto." Através de suas descobertas, Gargaretas buscou responder a questões como "Quão claustrofóbico pode ser para nós viver em nosso espaço sem desperdícios?" Outros tópicos surgem nessa etapa, como a noção de customização do espaço. Isso leva à segunda ferramenta essencial da pesquisa: a interface. Em teoria, se um humano é capaz de interagir com a informação registrada, ele pode então determinar modos de agregar conforto e habitabilidade ao "modelo de ergonomia completa". Dessa etapa da pesquisa emerge um novo modelo de eficiência espacial que se tornou cada vez mais habitável como resultado de nossa interação e feedback. Talvez mais importante, embora esse projeto sugira a possibilidade de um ambiente físico cada vez mais dinâmico, ele nunca se estabelece em um contexto e, assim, nunca se torna uma parte do tecido urbano construído. Desse modo, o projeto funciona mais como um campo de dados abstrato e é descrito pelos pesquisadores como "uma nuvem de informação ambígua mas precisa, que abre uma discussão teórica sobre o uso eficiente do espaço." Concluindo, Gargareta pergunta: "O que pode significar sermos subitamente confrontados com informações sobre o modo como usamos o espaço, ao mesmo tempo que desafiamos nossa compreensão tradicional do próprio espaço arquitetônico?" |
O arquiteto portugueÌ‚s Álvaro Siza emocionou o mundo com seus trabalhos seminais e, aos 81 anos, permanece surpreendendo pela autenticidade e espontaneidade de sua obra mais recente O arquiteto portugueÌ‚s AÌlvaro Siza tem uma trajetoÌria bem-sucedida. Ao longo de 60 anos, construiu em diversas partes da Europa e aleÌm, resolveu programas de todos os tamanhos, e seu reconhecimento lhe rendeu a maior parte das medalhas, laÌureas e outorgas que podem ser atribuiÌdas a um arquiteto. Entretanto, a obra recente do autor ainda mostra foÌ‚lego, com liberdade levada ao limite, sem abrir mão da espontaÌ‚nea autenticidade de seus trabalhos de juventude. Ainda estudante, Siza jaÌ desenhava projetos autorais. Aos 25 anos, entrou com colegas num pequeno concurso de seu municiÌpio, Matosinhos, para decidir quem assinaria o projeto de um restaurante proÌximo a uma pequena paroÌquia nos arredores do Porto, nas escarpas que, no norte de Portugal, se precipitam sobre o oceano AtlaÌ‚ntico –, a Casa de ChaÌ Boa Nova. A equipe de Siza venceu a proposta por meio de um pavilhão rebaixado em relação aÌ€ rodovia, com treÌ‚s telhados defasados, sem contrastar com a igreja existente. Um caminho anguloso cria um percurso do exterior ateÌ o salão principal do restaurante, onde um pano de vidro daÌ aos visitantes a vista do horizonte atlaÌ‚ntico. Alguns anos depois, o portugueÌ‚s venceu mais um concurso aÌ€ beira-mar, no mesmo distrito de Leça da Palmeira, em Matosinhos. Tratava-se de uma seÌrie de piscinas feitas em concreto armado, um conjunto que praticamente desaparece no limite entre cidade e mar. A força do complexo vem de uma criteriosa delimitação das aÌguas com muros de arrimo e com as rochas existentes. As pedras ajudam a compor a circular piscina infantil e a de adultos, criando uma paisagem na qual a natureza das aÌguas salgadas e dos rochedos se mescla com os arrimos de concreto e a aÌgua doce. A eloqueÌ‚ncia do clube chamou a atenção do mundo para aquela nação perifeÌrica da Europa, que vivia imersa numa ditadura de treÌ‚s deÌcadas. Surgiram as primeiras publicações internacionais, sinalizando o interesse em um trabalho particular feito durante os anos 1960, mesma deÌcada em que aparecem no cenaÌrio arquitetoÌ‚nico o italiano Aldo Rossi e o norte-americano Robert Venturi, alguns dos precursores do poÌs-modernismo na arquitetura. |
Concursos de arquitetura NA PRAIA DOS CONCURSOS, A BUSCA POR UM LUGAR AO SOL COLOCAR NA MESMA CONDIÇÃO DE COMPETIR (E VENCER) ARQUITETOS RECÉM-SAÍDOS DAS ESCOLAS E PROFISSIONAIS/ESCRITÓRIOS COM DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA É UMA DAS INEGÁVEIS VIRTUDES DOS CONCURSOS PÚBLICOS DE ARQUITETURA. AS 16 COMPETIÇÕES REALIZADAS AO LONGO DO ANO DE 2014 (NÚMERO APURADO PELA REVISTA ELETRÔNICA CONCURSOSDEPROJETO.ORG E QUE ESTÁ ACIMA DA MÉDIA HISTÓRICA) MOSTRAM COMO ISSO SE DEU, E O PANORAMA TRAÇADO NO TEXTO A SEGUIR PROCURA REGISTRAR ALGUNS DETALHES DELAS. Meio a sério, meio de galhofa, o arquiteto Hector Vigliécca arrancou risos da plateia ao responder se existia um segredo que levava seu escritório a triunfar tanto em concursos de arquitetura. Para a diversão do público que acompanhava, no Centro Cultural Maria Antônia, em São Paulo, no segundo semestre de 2013, o lançamento de uma publicação sobre suas obras, disse que evitava consultar os organizadores sobre a permissão (ou não) de determinada abordagem, porque podia chamar a atenção sobre algo de que eles nem tivessem se dado conta. Nem todos se sentirão à vontade para trilhar esse caminho - ou talvez não tenham para isso a maturidade de Vigliécca, que em 40 anos de profissão participou de aproximadamente cem competições -, enfrentando (ou afrontando) os limites do edital. Mas a verdade é que para o escritório de Vigliécca esse princípio parece funcionar, tanto que a proposta apresentada por ele foi a escolhida no recente concurso para o anexo da Biblioteca Nacional, que deverá ser implantado na região portuária da capital fluminense. O resultado foi anunciado no final do ano passado. É recomendável, porém, certa cautela para seguir a dica, pois existe o risco de o júri dar conta da transgressão e desclassificar o trabalho. Não de forma deliberada, talvez a “recomendação” tenha sido adotada pelo Griffo Arquitetura, de Curitiba, no projeto que desenhou para a unidade do Sesc/SP a ser construída em Osasco, cidade da Região Metropolitana de São Paulo, em concurso cujo resultado saiu no começo de 2014. O júri não identificou, numa primeira avaliação, que o vencedor ocupava áreas do terreno que o edital previa manter livres e desconsiderava recuos com relação à posição dos taludes existentes. SEGUNDO VIROU PRIMEIRO A desobediência provavelmente teria passado despercebida se o escritório classificado em segundo lugar (Spadoni & Associados Arquitetura) não tivesse contestado formalmente o resultado. Inicialmente, a instituição desconsiderou o recurso, mas depois reconheceu sua validade. Para a surpresa de todos (incluindo os impetrantes), o Sesc/SP desclassificou também os outros finalistas (reposicionamento que fez com que deixassem de ser remunerados) e atribuiu a vitória à equipe de Francisco Spadoni. O recurso do estúdio paranaense e dos outros competidores, defendendo a manutenção do resultado inicial, não foi acolhido pelo Sesc/SP, e os arquitetos recorreram à Justiça para que ela decida se deve prevalecer a primeira decisão dos jurados. Na opinião de Igor Costa Spanger, um dos sócios do Griffo, a solução desenhada pelo estúdio era um projeto básico e, por isso mesmo, sujeita a ajustes. DISSABORES DISTINTOS O recuo diante dessas contestações é pouco usual - e essa foi uma das análises que o Griffo considerou para levar a demanda à Justiça -, mas também não inédito (o concurso para o Paço Municipal de Várzea Paulista é um exemplo). Já o choro dos perdedores é quase tão recorrente quanto a alegria dos vencedores, embora um arquiteto experiente na participação nesses certames tenha certa vez, com sarcasmo, observado que a frustração do segundo lugar se compara ao futuro desencanto do vencedor. Pois no Brasil, ele argumentava, dificilmente o ganhador verá seu projeto transformado em obra. Vigliécca experimentou esse dissabor mais de uma vez (uma delas com a modernização do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo), assim como Renato e Lílian, casal que está à frente do escritório Dal Pian Arquitetos. Em 2014, o trabalho proposto por eles - uma grande caixa de acontecimentos, como definiram - foi o vencedor no concurso para o Centro Cultural, de Eventos e Exposições (CCEE) em Paraty, RJ, mas até o início deste ano não tinham sido contratados para desenvolver o projeto. PREFERÊNCIA POR CONCURSOS Cabo Frio e Nova Friburgo foram duas outras cidades fluminenses para as quais, na mesma ocasião, o governo do Rio de Janeiro selecionou projetos para os CCEE. Nas duas, o vencedor foi o Estúdio 41, de Curitiba. Em entrevista concedida ao IAB/RJ, Dario Correa Durce, sócio do escritório paranaense, observou que a empresa foi constituída quase que exclusivamente para participar de concursos. O conjunto de Nova Friburgo foi avaliado pelo júri como proposta de estrutura simples e beleza singela, enquanto o de Cabo Frio, nas palavras de Durce, tem como principal virtude a qualidade da implantação. A mesma escola que comporta concurseiros experientes como Vigliécca, os Dal Pian e profissionais de gerações mais recentes, como os do Estúdio 41, é também frequentada pelo time mezzo gaúcho, mezzo uruguaio do Mapa Arquitetos, que chegou na frente dos Dal Pian no concurso do Sindicato dos Engenheiros, na capital gaúcha. Nesse trabalho, a equipe - integrada, entre outros, por Luciano Andrades, Matías Carballal e Rochelle de Castro - desenhou uma edificação aberta que tira partido do caráter público daquela instituição. No mesmo edifício em Porto Alegre onde fica a base do Mapa também opera o Metropolitano Arquitetos, do qual faz parte Camila Thiesen, jovem profissional que concorre na mesma seara dos colegas com quem compartilha o imóvel. Camila, que compôs a equipe vencedora da competição para revitalizar as instalações da biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, levou, ano passado, o prêmio pelo concurso de recuparação do centro histórico de São José, em Santa Catarina, nos trechos da cidade situados entre duas igrejas históricas e na zona central do município, local dos principais espaços públicos e edifícios históricos. CONCURSOS NO SUL Pertencente à mesma geração da gaúcha Camila, o paranaense Henrique Zulian (formado em 2011 pela Universidade Federal de Santa Catarina) debutou no posto de primeiro classificado em concursos públicos de arquitetura três anos após sua graduação. Com o projeto para a adequação e requalificação do Mercado Público de Lages, SC, ele e os parceiros Talita Broering, Vinícius Figueiredo e Vito Zanatta deixaram para trás mais de 40 propostas que visavam requalificar a edificação construída nos anos 1940 e caracterizada por seu estilo art déco. O edital determinava a manutenção do edifício. “O vencedor se distanciou dos demais pela qualidade e proposição de atender todas as exigências e critérios impostos. Surpreendeu-nos tanto pela beleza quanto pela solução técnica, ambientalmente correta, e por uma nova leitura de cidade”, avalizou o secretário de Planejamento de Lages, o também arquiteto Jorge Raineski. Na galeria de laureados em concursos, outro jovem gaúcho veio marcar presença: Lucas Obino. A rigor, não o próprio Obino, mas o Ospa Arquitetura e Urbanismo, escritório do qual ele, junto com Carolina Souza Pinto, é sócio fundador. O estúdio levou a melhor no concurso para o campus da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que será implantado em Canoas, na região metropolitana da capital. O conceito do projeto é o de uma praça fluida e permeável, abordagem que contrasta com a densidade sugerida pelo programa. Já em modalidade de licitação, na qual a transformação do projeto em obra costuma patinar, o escritório Corsi Hirano é exceção. A primeira competição que eles ganharam (e que os levou a constituir o escritório) foi a do complexo do Tribunal Regional do Trabalho, em Goiânia, e o edifício foi construído (leia PROJETOdesign 393, novembro de 2012). A boa estrela dos sócios Daniel Corsi da Silva e Dani Hirano no Centro-Oeste (que não se repetiu em São Paulo, pois a proposta deles para o Museu de Ciências da Unicamp, na cidade de Campinas, não foi adiante) será colocada à prova na região Sul, onde a dupla ganhou no ano passado, em conjunto como Laura Pardo e André Sauaia, o concurso para a sede administrativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. O resultado foi anunciado em novembro. MILÃO E BELO HORIZONTE Na praia dos concurseiros, uma presença que vem se fazendo notar nos últimos anos - quando a trajetória anterior do seu titular parecia caminhar noutra direção - é a do Studio Arthur Casas. Em janeiro de 2014, o projeto do escritório foi anunciado como vencedor do concurso para o pavilhão que deverá representar o Brasil na próxima exposição mundial, em Milão, na Itália. Antes, o estúdio tinha sido ganhador dos certames para o campus Cabral da UFPR, em Curitiba, para a requalificação de largos do Pelourinho, em Salvador (ambos em 2012), e para o novo Centro Administrativo do Maranhão (2013). Vários são os centros administrativos públicos projetados e não construídos que entraram para os anais dos concursos no país. A oportunidade de o arquiteto mineiro Gustavo Penna romper essa rotina lhe foi concedida em meados de 2014, quando a proposta de seu escritório foi escolhida para ser implantada em terreno no centro de Belo Horizonte, próximo da rodoviária local. A intervenção é, além de arquitetônica, urbanística, pois à torre de 13 pavimentos e 100 mil metros quadrados de área construída soma-se a criação de uma esplanada que pretende conectar a rodoviária com a Lagoinha, bairro da zona oeste da capital mineira. Quem, depois de uma carreira consolidada como professora da FAU/USP, ampliou sua participação no competitivo mundo dos concursos - várias vezes em colaboração com arquitetos mais jovens, antigos alunos - é Helena Ayoub Silva. É do escritório que leva seu nome o projeto escolhido pela Secretaria da Cultura do estado de São Paulo para restaurar a estação ferroviária de Mairinque, município próximo de Sorocaba. Do início do século passado, a edificação, projetada por Victor Dubugras (um dos primeiros prédios de concreto armado erguidos no Brasil), abriga atualmente um museu ferroviário. MUSEU NA PAULISTA O mesmo edital do qual Helena participou também demandava o restauro de um imóvel na avenida Paulista, em São Paulo: o casarão Franco de Mello, que o governo do estado pretende converter em sede do Museu da Diversidade Sexual. O programa igualmente pedia um edifício anexo e projeto paisagístico para o lote, mas nesse caso a melhor resposta foi a do escritório paulistano H+F Arquitetos, dos arquitetos Pablo Hereñú e Eduardo Ferroni. Entre as estratégias adotadas, está a de remover os muros do casarão voltados para a avenida e, com isso, manifestar um gesto de abertura e um convite à visitação. No universo dos concursos públicos de arquitetura acabam se revelando talentos que poderiam ficar encobertos se a escolha se desse apenas em função de currículos. É o caso do arquiteto carioca Daniel Gusmão, que desenhou a solução para a ampliação da sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), competição disputada sob intensa polêmica e que, em determinado momento, chegou a colocar em posições antagônicas o IAB e o CAU. Se de fato for implantado, o edifício - um volume horizontal que tem como elemento mais marcante um rasgo inclinado (uma rampa de acesso) na face envidraçada, facilmente associável à da sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), atualmente em construção em Copacabana - se tornará o segundo projeto de Gusmão com grande visibilidade na capital fluminense. O primeiro é o do Parque Olímpico - Rio 2016, capitaneado por Gusmão e pelo americano Bill Hanway para a empresa inglesa Aecom. LAPA NO RIO E ORLA EM VITÓRIA O mesmo MIS que constrói nova sede em Copacabana (projeto do escritório norte-americano Diller Scofidio + Renfro) lançou concurso para a requalificação espacial e funcional da sua unidade administrativa, localizada na rua Visconde de Maranguape, na Lapa. A intenção da Secretaria da Cultura estadual, a quem o museu está subordinado, é tornar o conjunto (rebatizado de MIS Pro) capaz de abrigar a reserva técnica da instituição, acomodar seus laboratórios e espaços de pesquisa, além de uma área expositiva de menor porte. A vitória nessa competição coube ao Metrópole Arquitetos, de São Paulo, com a equipe constituída por Sílvio Oksman, Beatriz Vicino, Marjorie Nasser Prandini e Vito Macchione. Para a comissão julgadora, o projeto é uma solução concisa que agrupa de maneira simples e racional os blocos construídos, permitindo que sobressaiam os espaços não edificados. Os jurados destacaram, ainda, a beleza da paisagem interna do edifício, resultante da relação da volumetria com os vazios. Enquanto o MIS Pro é uma intervenção com foco na arquitetura, a prefeitura de Vitória estava à procura de solução urbanística (mas também arquitetônica) para a orla noroeste da baía da capital. Lançou mão, então, de um concurso de estudos preliminares para aquela parte do município, considerada a menos favorecida da cidade. A área de intervenção estimada é de 760 mil metros quadrados (incluindo terrenos privados) e na metade de 2014 foi anunciada vencedora da competição a equipe formada por Patrícia Padilha (Brasil), Sara Wolfs (Bélgica), Jordi Puigvert (Espanha) e Paula Jofré (Chile). Denominada pelos autores Orla Viva, a intervenção está estruturada em oito pontos. A equipe sugere, por exemplo, a implantação de um calçadão contínuo, com mais de dez quilômetros de extensão, a fim de interligar duas dezenas de bairros da capital, o que se estima que beneficiaria cerca de 70 mil moradores. Outros elementos são a implantação de um polo gastronômico na ilha das Caieiras e de uma estação ecológica na ilha do Lameirão. “Potenciar as características do lugar, gerar oportunidades através da incorporação de novos usos e atividades são os pontos que constroem a base do DNA das ações”, conceitua a equipe. O RIO DE PIRACICABA Como na solução idealizada para a zona noroeste da capital capixaba, a água é um elemento fundamental em Piracicaba, município do interior de São Paulo que divulgou, em meados de dezembro, o resultado do concurso para a requalificação do parque do Mirante, que fica na margem direita do rio que tem o nome da cidade. Pedro Fernandez de Bona, Camila Leibholz, Alexandre Gervásio, Érico Botteselli e Lucas Thomé (todos formados pela Escola da Cidade) são os autores do trabalho vencedor. Com exceção de Camila, os demais são sócios no escritório Grupo Garoa. Entre as várias qualidades observadas na proposta, o júri destacou a generosa praça a ser construída ao redor do Engenho Central. De acordo com o memorial descritivo do projeto, os principais elementos da intervenção são: a implantação de eixos no sentido transversal aos percursos existentes, tornando-os mais acessíveis e estabelecendo uma relação visual e física com o rio, com o entorno e com o próprio parque; a reestruturação de alguns dos espaços existentes, propondo novos programas que desempenham o papel de incentivar o uso mais frequente do equipamento; e a inserção de módulos que se distribuem nos caminhos do parque, abrigando atividades de apoio por toda a sua extensão. LONGE DE CASA O estúdio carioca RVBA Arquitetos deu o primeiro (e bem-sucedido) passo nas competições arquitetônicas em cidade distante de sua base. Para a Baixinha de Santo Antônio, no bairro de São Gonçalo do Retiro, na periferia de Salvador, o escritório (dos arquitetos Rodrigo Bocater, Adriano Bruno e Luiz Felipe Vasconcelos), junto com Juliana Sicuro e Victor Garcez, elaborou o estudo urbanístico-arquitetônico vencedor de uma competição realizada pelo governo local. O trabalho repercutiu positivamente entre a comissão julgadora, presidida pelo arquiteto uruguaio Mariano Arana, que já foi prefeito de Montevidéu. Os jurados destacaram a boa definição do plano urbanístico - especialmente pela atenção que ele dedica aos pontos do assentamento que merecem ser preservados -, ressaltando também a criação de dois núcleos com moradias, serviços e espaços públicos em áreas atualmente frágeis e de menor aproveitamento. Como se nota nesse panorama, para a satisfação dos arquitetos brasileiros, que, em sua maioria, são favoráveis à contratação de projetos por intermédio de concursos públicos, essa modalidade de licitação tem se tornado cada vez mais comum. Resta, porém, ver, nos próximos anos, quanto dessa arquitetura virtual se tornará real. Veja mais aqui |
Entre os dias 27 e 28 de março a docomomo internacional promove o seminário Reabilitação e Re-uso, da Arquitetura do Movimento Moderno, que acontecerá em Lisboa. O evento acontecerá em diferentes locais da capital portuguesa e contará com palestras, mesas-redondas e grupos de discussão que abordarão tópicos relacionados ao tema do seminário. Entre os oradores confirmados estão nomes de peso como Ana Tostões, Presidente da docomomo Internacional, Hubert-Jan Henket, Professo emérito da TUDelft, e Eduardo Souto de Moura, arquiteto laureado com o Prêmio Pritzker em 2011. Para participar do evento é necessário realizar a inscrição através da página oficial do seminário. Lá também estão disponíveis outras informações sobre o seminário e dicas de hospedagem para os participantes. |
Goa | Nos próximos dias 17 e 18 Abril, decorrerá em Goa (União Indiana) o IV Forum CIALP sob o lema No Caminho para o Rio 2020 “Todos os Mundos. Um Só Mundo” e com o tema Perspectivas para a Cidade e a Habitação nos países e territórios de língua portuguesa.
Este tema será desdobrado em duas sessões, com cerca de 5 oradores cada. A primeira sessão versará os “Desafios da Cidade” e, a segunda, os “Desafios da Habitação”. Com este Forum, o CIALP procurará reflectir sobre os desafios da cidade e da habitação no espaço da lusofonia, na perspectiva de iniciar o caminho para o 27º Congresso da União Internacional dos Arquitectos (UIA) que irá acontecer no Rio de Janeiro (Brasil) em 2020. O IV Forum CIALP é organizado pela Secção de Goa do Instituto Indiano de Arquitectos (IIA) e, até ao momento, conta já com a parceria institucional da Fundação Oriente. O Fórum decorrerá por ocasião da reunião do Conselho Executivo do IIA, que compreende representantes de todas as suas secções estaduais. O CIALP reunirá igualmente o Conselho Directivo e a Assembleia Geral. Estão igualmente previstas um conjunto de iniciativas associadas que serão oportunamente divulgadas. Brevemente serão aqui publicadas mais informações sobre o IV Fórum CIALP, designadamente o respectivo programa e iniciativas. Mantenha-se atento. Para mais informações, por favor contacte o CIALP através do email info@cialp.org ou a Secção de Goa do IIA pelo telefone 0091 7720081951. |
A 2.ª Edição do Fórum Sobre Investimentos em Infra-Estruturas Urbanas em África, agendada para os dias 5 e 6 de Março, surge como uma excelente plataforma para reforçar e encontrar soluções para responder ao alerta dado pelas Nações Unidas, de que as populações urbanas do continente Africano vão aumentar em cerca de 50% até 2030 e que poderá existir a necessidade de construção de novas cidades. Depois do sucesso da 1.º edição na África do Sul, Angola é agora o país anfitrião, que vê neste evento a oportunidade de apresentar publicamente a stakeholders representantes do sector público e privado, os resultados positivos já alcançados com o gigantesco projecto de Urbanização no país – “Novas Centralidades”. Nesse contexto, e a cargo do ministro angolano do Urbanismo e Habitação, José António M. da Conceição e Silva, estão programadas visitas locais aos principais projectos habitacionais em Luanda e arredores. Para o ministro do Urbanismo e Habitação, o evento é uma “excelente plataforma não apenas de atracção de investimentos infra-estruturais para Angola e África, mas também uma oportunidade de partilha de experiências e práticas de sucesso entre especialistas”. Uma organização da responsabilidade da Revista African Business e da IC Events em parceria com a CGLU-A-Cidades e Governos Locais Unidos de África e com o apoio do Governo de Angola. Para o secretário-geral da CGLU-África, Jean Pierre Elong Mbassi, as cidades não são problemas, são soluções, “como em outras partes do mundo, o futuro de África é urbano. Um novo paradigma de desenvolvimento confere um papel crucial às cidades e autoridades locais como agentes transformadores das sociedades africanas. A partir de agora, as cidades de África devem assumir a liderança na forma futura do continente. ” São esperados mais de 350 convidados, estando já confirmadas as presenças como oradores os ministros angolanos do Urbanismo e Habitação, Economia e dos Transportes, os Secretários de Estado da Habitação e da Construção, o Diretor do Programa “African Center for Cities”, o Secretário Geral das Cidades e Governos Locais Unidos de Africa (UCLG-A) e a CEO da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP). Consulte todas as informações no website: http://www.auiif.com/pt/ |
A Conferencia internacional terá lugar no dia 29 de Janeiro de 2015, no Anteatro do Campus do Palmarejo na Cidade da Praia. O dia 30 será dedicado a uma mesa redonda, que também terá lugar numa das salas do campus do Palmarejo. A mesa redonda será um fórum de troca de ideias e experiencias tendo em consideração a melhor estratégia para a promoção da arquitectura bioclimática em Cabo Verde. No dia 31 sábado haverá uma visita de estudo a exemplos de boas práticas em termos de construção bioclimática. A Conferencia terá como orientação as seguintes linhas temáticas: a) Arquitectura bioclimática e eciência energética; b) Arquitectura bioclimática e sustentabilidade ambiental; c) Materiais e técnicas de construção de baixo impacto d) Consumo de electricidade e água nos edifícios e potencial de redução; e) Habitação social e arquitectura bioclimática f) Apresentações de boas práticas no país: ferramentas para a modelação e chaves para o sucesso. A Mesa redonda terá lugar no dia 30 de Janeiro de 2015 numa das salas do Campus do Palmarejo e terá como painéis orientadores: a) Roteiro para uma arquitectura sustentável em Cabo Verde; b) Desenvolvimento de um “ Green Building Council”: roteiro para a sua criação. c) Desenvolvimento de curriculum académico: a introdução de disciplinas sobre construção sustentável no curriculum d) A criação dum curso de pós-graduação em construção sustentável em Cabo Verde, e) Impacto da Incorporação de aspectos bioclimáticos e de eciência energética para aprovação de projectos de construção. Inscrições cidlot@adm.unicv.edu.cv sonia.silva@adm.unicv.edu.cv jmsemedo@cvtelecom.cv salif.silva@docente.unicv.edu.cv Sites: www.unicv.edu.cv / www.cidlot.blospot.com |
O curso de Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável tem como objetivo formar pessoal de alto nível para o exercício profissional e de atividades de ensino, pesquisa e extensão neste campo interdisciplinar, bem como desenvolver estudos aprofundados e pesquisas inovadoras que integram escalas diversas do ambiente construído enquanto patrimônio, resgatando os processos de interação com o ambiente natural, que lhe serve como substrato, e com sociedade, que fundamenta o reconhecimento do seu valor. O Mestrado possui três linhas de pesquisa:
Maiores informações: https://www.ufmg.br/pos/ambienteconstruido/index.php/informes/48-edital-de-selecao-2013 ou pelo telefone 31.3409.8874 (das 14:00 às 17:00 horas) |
Em paralelo com o 3º Seminário Internacional da AEAULP, decorreu, no dia 14 de Outubro de 2014, a 3ª Assembleia Geral da Academia na qual se tomaram decisões necessárias e fundamentais para a vida desta agremiação de escolas de Arquitetura e Urbanismo e foram eleitos os órgãos sociais para o triénio 2014-2017. Foi eleito Presidente o Prof. António Gameiro (Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto/Angola) que acumula a Presidência da Mesa da Assembleia Geral, a qual terá como Vice-presidente a Prof. Madalena Cunha Matos (Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa/Portugal) e como Secretário o Prof. Mauro Santos (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rio de Janeiro). A nova Direção passa a ser composta pela Prof. Conceição Trigueiros como Diretora (Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa/Portugal), sendo o Secretário Geral o Prof. José Fernando Gonçalves (Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra/Portugal) e o Tesoureiro o Prof. Michel Toussaint (Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa/Portugal). Este órgão que é constituído por cinco pessoas, tem como vogais a Prof. Marta Peixoto (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Ritter dos Reis/Brasil) e o Prof. Valter Caldana (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie de São Paulo/Brasil). O Conselho Fiscal é constituído pelos Professores Mário Saleiro Filho (U. Rural Rio de Janeiro/Brasil), José Pinto Duarte (Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa/Portugal) e Carlos Martins (Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) eleito Presidente. A Assembleia Geral elegeu por unanimidade como Sócios Honorários os Professores Alexandre Alves Costa e Carlos Eduardo Comas, o Dr. Franscisco Murteira Nabo e o arquiteto Pancho Miranda Guedes. Foram ainda eleitos para o Conselho Geral, e de acordo com os estatutos que regem a AEAULP, os Professores Ciro Pirondi (Escola da Cidade de São Paulo/Brasil) e Luís Lage (Faculdade de Arquitetura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane) e como Sócios Institucionais a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra/Portugal, representada pelo Prof. Jorge Figueira, Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto representada pelo Prof. Carlos Guimarães e o Departamento de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa/BrasiI, representado pelo Prof. Túlio Tibúrcio. No Conselho Geral têm lugar por inerência o Presidente e o Diretor da AEAULP e os Sócios Honorários Professores Alexandre Alves Costa e Carlos Eduardo Comas, o Dr. Franscisco Murteira Nabo e o arquiteto Pancho Miranda Guedes, assim como os Sócios Honorários eleitos na 1ª Assembleia Geral. Estes elementos deverão eleger dez personalidades externas, de mérito reconhecido, incluindo associações profissionais dos arquitetos dos países de língua portuguesa. O Presidente do Conselho Geral será eleito de entre os membros que integram este Conselho. |
Entre os dias 14 e 16 de Outubro decorreu na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa o 3º Seminário Internacional da Academia de Escolas de Arquitetura e Urbanismo de Língua Portuguesa, intitulado: Arquiteturas do Mar, da Terra e do Ar – arquitetura e urbanismo na geografia e na cultura. Este evento contou com a presença de participantes de diversos países lusófonos, entre os quais profissionais, docentes universitários, investigadores, alunos de mestrado e de doutoramento. ![]() ![]() |
Decorram três conferências principais, distribuídas por cada um dos dias do Seminário, proferidas respetivamente pelo Arquiteto António Gameiro (Angola), pela Arquiteta Fernanda Barbara (Brasil) e pelo Arquiteto António Belém Lima (Portugal). Ocorreram ainda diversas sessões de mesas redondas, nas quais foi dado lugar aos participantes para apresentassem as suas comunicações, de acordo com os temas propostos. Paralelamente, durante a mesma semana, foram realizados dois Workshops no âmbito da programação do Seminário, nos dias 13 e 17 de Outubro, que motivaram um enorme envolvimento por parte dos estudantes da Faculdade de Arquitetura. ![]() ![]() |
Realizou-se, nos passados dias 13 e 17 de Outubro, o Workshop CIDADE PÚBLICA/cidade privada, integrado na programação do 3º Seminário da Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa: Arquitecturas da Terra, do Mar e do Ar. Este evento, organizado pelos professores Nuno Mateus, Nuno Arenga e António Lobato Santos, terminou com a montagem do conjunto das maquetas dos participantes configurando uma Revisão de Manhattan.![]() |
Admitindo que a cidade é uma vontade de concentração humana plasmada numa massa edificável contínua e homogénea, o objectivo do workshop consistiu na criação de um contexto de reflexão sobre a hipótese de dar ao espaço público a primazia no processo gerador da cidade. Pretendeu-se ainda avaliar a possibilidade pensá-la a partir dos seus vazios enquanto motores conceptuais. Como referência de trabalho foi utilizado um quarteirão genérico da Middtown Manhattan (NY), entre a 9ª e a 10ª Ave e as 46 e 47St. ![]() |
Realizou-se, nos passados dias 13 e 17 de Outubro, o Workshop 4 CIDADES 8 LUSOFONIAS, integrado na programação do 3º Seminário da Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa: Arquitecturas da Terra, do Mar e do Ar. Este evento, organizado pelos professores Paulo Tormenta Pinto e Jorge Nunes, foi constituído por 4 sessões correspondentes, cada uma delas, à apresentação de uma cidade do espaço Lusófono.![]() |
As apresentações compreenderam visões complementares de: Luanda – por Manuela da Fonte (FAUL) e Paulo Moreira (LMU); de São Paulo – Por Ana Vaz Milheiro (ISCTE-IUL) e Fernanda Barbara (EC); de Macau – por Jorge Figueira (Darq-UC) e José Maçãs de Carvalho (Darq-UC); e de Guimarães – por Maria Manuel Oliveira (UM) e Álvaro Domingues (FAUP). As leituras interpretativas sobre estas cidades, contribuíram para clarificar o entendimento sobre diversas expressões urbanas que, apesar de dispersas por quatro continentes, têm a língua portuguesa como denominador comum. ![]() |
PROGRAMA DOUTORAL EM ARQUITETURA - Ano letivo 2014/2015 - Área de Especialidade em Cidade e Território Prazo final até Domingo, 20 de Julho de 2014 A Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (EAUM) lança a IV Edição do Programa Doutoral em Arquitetura - Área de Especialidade em Cidade e Território. A primeira fase de candidaturas está a decorrer desde o dia 1 de Julho e termina já este domingo, dia 20. O Programa Doutoral em Arquitetura é dirigido aos titulares de grau de Mestre em Arquitetura, ou equivalente legal, que desejem atualizar e ampliar os seus conhecimentos no âmbito das ciências que concorrem para o campo disciplinar a Arquitetura. Sob o título “Espaço Coletivo. Territórios próximos e instáveis.”, o Seminário de Conhecimento Avançado em Arquitetura da edição de 2014/2015 visa promover um lugar de encontro multidisciplinar, onde associar distintas aproximações; onde desconstruir as políticas urbanas mediante um imaginário literário e visual; onde confrontar as opções arquitetónicas desde as artes performativas; onde questionar a paisagem e as novas formas de representação; onde cruzar as geografias do local ao informal. Em definitivo, um espaço de inclusão não estabilizado, um lugar de discussão que traspasse a produção de espaço, as representações variáveis e as apropriações incertas. Pela diversidade de âmbitos disciplinares que agrega o tema, o Seminário de Conhecimento Avançado em Arquitetura reunirá um número significativo de intervenientes nacionais e internacionais que desde a prática, a crítica, ou a teoria, mostram uma experiência variada e dilatada. Apresentam-se de seguida os conferencistas já confirmados: Álvaro Domingues, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Assemble studio, UK Bernardo Secchi, Istituto Universitario di Architettura di Venezia Claudia Taborda, Queensland University of Technology, Brisbane Daniela Collafranceschi, Facoltà di Archittetura Università degli Studi Mediterranea di Reggio Calabria Francesc Muñoz, Universitat Autònoma de Barcelona Gabriela Vaz-Pinheiro, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto Ignacio Grávalos, Escuela Técnica Superior de Arquitectura Universidad San Jorge, Zaragoza João Nunes Ferreira, Accademia di architettura - Università della Svizzera Italiana Josep Acebillo, Accademia di Architettura - Università della Svizzera Italiana, Mendrisio Kris Scheerlink, Faculty of Architecture Katholieke Universiteit Leuven Manuel Fernandes de Sá, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Michel Corajoud, École Nationale Supérieure de Paysage, Versailles Nuno Portas, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Paulo Catric, Fotógrafo Sébastien Marot, École d’Architecture de la Ville et des Territoires, Marne-la-Vallée Mais informações em http://www.arquitectura.uminho.pt (tab Projetos de Ensino /Doutoramento) ou através do email 3ciclo@arquitectura.uminho.pt |
Há um novo tipo de exigências que a contemporaneidade veio de certo modo impor ao complexo processo de sobrevivência do Homem no nosso planeta: a recente tomada de consciência da necessidade de uma mudança de paradigma de desenvolvimento não é estranha à introdução do conceito de “sustentabilidade”. No que diz respeito à gestão dos recursos, às lógicas de apropriação e ao uso do território, isto é, à Arquitectura, ao Urbanismo e ao Design, teremos de considerar como condição prévia a qualquer raciocínio projectivo a assunção de novas estratégias metodológicas (que agora têm em conta as preocupações ambientais) para a aplicação das quais, paradoxalmente, ainda não estamos preparados como profissionais. O objectivo do Curso de Especialização em Eco-arquitectura e Metodologias da Sustentabilidade organizado pelo Laboratório de Projecto Sustentável (do Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa) em colaboração com a Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa é fornecer aos arquitectos, urbanistas e designers os instrumentos técnicos e doutrinários, nas áreas das Ciências e das Humanidades, que lhes permitirão desenvolver a sua actividade dentro dos princípios determinados por essas novas metodologias. Programa Módulo 1 | Fundamentos de Uma Filosofia Projectiva Sustentável · A Concepção do Espaço Humanizado · Para uma Ética do Ambiente Módulo 2 | A Estrutura do Projecto Bioclimático · Análise, Projecto e Aspectos Complementares de Sustentabilidade Módulo 3 | Da Economia Convencional à Economia do Desenvolvimento Sustentável · A Economia do Desenvolvimento Sustentável · Avaliação de Sustentabilidade Módulo 4 | Paisagem e Arquitectura · Conceito de Paisagem e pensamento organísmico · Cultivo da Horta Módulo 5 | Arquitectura Biológica e Construção Natural (A casa como organismo vivo) · Projecto e Construção Unidades de Crédito O aluno que completar a totalidade do plano de estudos obterá 12,5 créditos ECTS, podendo equivaler a unidades curriculares do 2º e 3º ciclo da Faculdade de Arquitectura. Docentes Adriana Veríssimo Serrão (AVS) – Prof. Associada c/ Agregação da Faculdade de Letras (ULisboa) António Manuel Alhinho Covas (AC) – Prof. Catedrático da Faculdade de Economia (UAlgarve) José Duarte Gorjão Jorge (JGJ) – Prof. Associado c/ Agregação da Faculdade de Arquitectura (ULisboa) Luísa Gama Caldas (LC) – Prof. Catedrática Dep. Architecture, College Environmental Design (UC Berkeley) Marco Aresta (MA) – Mestre da Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo (Universidad de Buenos Aires) Luís Paulo Faria Ribeiro (LPR) – Prof. Auxiliar Instituto Superior de Agronomia (ULisboa) Tiago Morais Delgado Domingos (TD) – Prof. Auxiliar – Instituto Superior Técnico (ULisboa) Destinatários / Habilitações Todos, mas preferencialmente dirigido a licenciados ou detentores de degrau académico superior nas seguintes áreas de formação: Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Design, Urbanismo e Engenharia. Candidaturas e Inscrições No acto da candidatura deverá ser entregue a seguinte documentação na Secretaria de Pós-Graduação: - Ficha de Candidatura com fotografia; - Curriculum Vitae; - Certificado de habilitações; - Fotocópias do Bilhete de Identidade e de Contribuinte ou Cartão de Cidadão - Pagamento ae taxa de inscrição no valor de 50€ (não reembolsável). Calendário Apresentação de candidaturas: até 21 de Março de 2014 Selecção de candidatos: entre 24 e 26 de Março de 2014 Prazo para Inscrição: de 27 de Março a 3 de Abril de 2014 Secretaria de Pós-Graduação sec_posgraduacao@fa.utl.pt +351 213 615 818 Edifício 5 da FA – Gabinete 5.0.6 FA + UD ULISBOA | Rua Sá Nogueira, Pólo Universitário – Alto da Ajuda, 1349-055 Lisboa Sustenta – Laboratório de Projecto Sustentável sustenta@fa.ulisboa.pt +351 213 615 808 Edifício 6 da FA – Gabinete 6.1.12 |
Processo Seletivo de Doutorado na Nova Universidade de LisboaCandidaturas Abertas para Arquitetura, Design e UrbanismoLisboa3º Ciclo de formação da instituição visa promover a multidisciplinaridade entre as três áreas e oferece vasta gama de unidades curriculares optativas. A Nova Universidade de Lisboa é uma fusão entre a Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade de Lisboa. A instituição abre chamada para candidaturas de programas de doutorado em Arquitetura, Urbanismo e Design para profissionais que tenham um diploma de mestre ou equivalente. Além de integrar as três áreas, o programa também tem como objetivo capacitar a prática profissional baseada em conhecimentos avançados.
As candidaturas podem ser feitas pessoalmente na Secretaria da FA-UTL, por correio ou e-mail. Dentre as fases do processo seleivo está uma entrevista, que poderá ser feita via skype caso o candidato resida em outro país.
Os cursos estão previstos para começarem a partir de 20 de Setembro, com duração de três anos.
Candidatos brasileiros podem concorrer a bolsas do programa de Doutorado da Universidade através do Santander Universidades - Bolsas Luso-Brasileiras.
Para saber mais veja a página da FAU-UTL.
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"Urbanização e Urbanismo" e "História da Arquitetura" são as duas áreas de atuação das vagas de docência. Processo seletivo consiste em três fases: análise do memorial apresentado na inscrição, prova escrita e prova didática. Inscrições só poderão ser feitas diretamente na Assistência Técnica para Assuntos Acadêmicos ou por meio de procuração. A FAU-USP não aceita inscrições por e-mail ou correio. Além da ficha de inscrição, interessados deverão apresentar original e cópia de título de eleitor, prova de quitação com o serviço militar- para candidatos do sexo masculino-, título de Doutor, documento de identificação e um memorial em dez vias contendo trabalhos publicados, atividades e demais informações pertinentes ao concurso. Para indicações detalhadas sobre anexo de documentos e outras informações, veja os editais referentes à área de "Urbanização Urbanismo" e "História da Arquitetura".
Inscrições
de 02/05/2013 a 30/07/2013 9h às 12h e 13 às 16h FAU USP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo |
"Num hotel a quadras da avenida Paulista, onde a onda de quebra-quebra e violência recrudescedeu ao longo desta semana, o colombiano Camilo Restrepo, figura-chave da elogiada reconfiguração urbana de medelín, defendia criar arquitetura para uma população que 'há muito já perdeu crença no Estado'. Juntos Em são Paulo para um encontro organizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, alguns dos nomes mais brilhantes da área nas Américas fizeram uma reflexão - bastante crítica - sobre os rumos da cosntrução e urbanismo hoje. Eles atacam, na verdade, as estratégias da arquitectura na ressaca da crise econômica que abala o mundo. Se é fato que ela teve de se reinventar e perder exuberância, também virou refém de novos vicíos, como criar projetos medíocres mascarados de "sustentáveis" e fazer um retorno nem sempre original a vanguardas do passado. 'Há uma pressão nostálgica para debruçar sobre o passado', dis Restrepo. 'Nos últimos anos, todos os conceitos passaram a ser emoldurados pela estética do social. Estamos estilizando a pobreza, enquanto arquitetura mesmo virou pecado'. Enquanto Carlos Jiménez um dos jurados do prémio Pritzker, o mais importante da arquitetura no mundo, falava em aprender com projetos de lugares 'menos privilegiados', Tod Williams, americano que desenhou uma série de museus nos Estados Unidos, rebatia dizendo não ser possível 'romantizar' mais nenhuma situação. Jiménez reagiu à provocação. 'É possível fazer poesia na arquitetura com orçamentos menores. Mas o fato é que sabemos que prédios feitos hoje terão vida curta. Queremos ser vedetes, estrelas, mas temos de pensar em como estamos construindo. A sustentabilidade virou uma falácia.' Ou talvez já não sirva como defesa de projetos ruins. Wilfred Wang, arquiteto alemão que dá aulas nos Estados Unidos, lembra que a pressão hoje não é projetos verdes, e sim por lugares 'autênticos' e genuínos'. 'desde que acabou o modernismo e que não há mais uma escola hegemônica na arquitetura temos dificuldade em fazer arquitetura decente. Precisamos buscar novas sustentabilidade', diz Wang. 'Precisamos de pensar em como a vontade de fazer aliada ao design pode transformar comunidades inteiras.' Luis Aldrete, arquiteto mexicano, vê como solução uma aproximação com quem de fato constrói prédios. 'Passo muito tempo na obra. Temos de focar nas pessoas para reinventar coisas novas.'" in Folha de São Paulo 15 de Junho de 2013 |
Estão abertas as inscrições para a pós-graduação stricto-sensu em Arquitetura e Urbanismo, com objetivo de formar mestres e doutores
INFORMAÇÕES: (55) 11- 2114 8792 EDITAL DISPONÍVEL EM http://www.mackenzie.br/fileadmin/Decanato_Pesquisa_Pos/2013/index.html |
A Arquitectura ficou mais pobre. Conhecido e reconhecido em todo o mundo, morreu na noite desta quarta feira Oscar Niemeyer. O homem que desenhou Brasília deixou sua marca ao longo do século XX. A obra de Niemeyer transcende fronteiras: é o arquiteto brasileiro que acumula maior número de prémios internacionais, com destaque para o Prémio Pritzker que recebeu em 1988. Também exibe um conjunto de obras realizadas no Brasil e no exterior, que o coloca como um dos maiores expoentes da arquitetura universal. Produziu mais de 500 projectos, dos quais 181 construídos no exterior. Dos projectos de Oscar, como gostava de ser tratado, ressuma sempre uma originalidade inesperada. Quer pelos resultados de uma concepção estrutural apurada, quer pelas espacialidades e escalas intangíveis, geradoras de formas delineadas pela sensualidade do desenho e faz com que as suas obras, frequentemente referenciadas por ligações ao imaginário colectivo, vindas do barroco mineiro, das montanhas ou das formas femininas, de releituras da antiguidade ou de si próprio, ou mesmo de inclinações surrealistas, instalam-se com a força de símbolo e assumem o potencial de ícone urbano. A cúpula da Catedral, com arcos que parecem evocar o gótico, a colunata do Palácio da Alvorada, as meias esferas equilibradas pelas torres do Congresso Nacional, remetem-nos para Brasília, O Edifico Copan e a Marquise do Parque Ibirapuera em São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea em Niterói, o Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, são imagens de obras que referenciam o lugar onde se instalam, edifícios que assumem o status de “marco urbano”, elementos urbanos carregados de conteúdo simbólico, peças essenciais à orientação urbana e à imagem e identidade da cidade. Através do seu talento e intelectualidade, Niemeyer implanta cultura nos espaços em que intervém, as suas obras atingem refinada depuração e dão a identidade de genius loci no contexto em que se implantam. Para se entender a importância do arquitecto Oscar Niemeyer devemos atender à coerência de seu percurso, que se instala com uma linha evolutiva constante, acompanhada de provocações formais, que podem levar à estranheza ou à paixão, mas não poupam os sentidos de quem as vivencia. A sua obra apresenta oportunidade pela identidade que conquista, pelo potencial formal e a interlocução espacial que assume perante o observador. O arquitecto nascido no Rio de Janeiro, tem como obra mais emblemática o conjunto de edifícios projectados para Brasilia nos anos 50, cidade inaugurada em 1960 e classificada Património da Humanidade pela UNESCO, cujo cinquentenário é em 2010. Brasília é a cidade modernista inaugurada em 1960 como resultado de um período de euforia, convergências e alianças políticas característicos deste momento de materialização do ideal moderno. É apoiada num programa de desenvolvimento, que significou para o Brasil uma experiência radical edificada na utopia modernista da educação pela forma e representava, no conjunto das intenções que a compuseram, o desejo de fundar um novo país e uma nova sociedade. Oscar Niemeyer, arquitecto das formas esplêndidas e do sonho, é uma referência viva da luta por um mundo melhor, mais justo, mais rico – isso mesmo, mais rico –, mais generoso e sobretudo mais humano, esse é o mundo de Niemeyer. A sua forma de agir é sempre marcada pela simplicidade e denota todo o seu conhecimento e capacidade. Niemeyer é mais do que um arquitecto, mais do que um escultor, mais do que um artista, mais do que um poeta. Niemeyer tem uma visão dilatada do mundo e dos seus problemas, o que se reflecte, sobretudo, na sua preocupação com o social. A sua palavra-chave, é “solidariedade”, uma acção concreta em favor dos menos favorecidos. Artista universal, Óscar Niemeyer é reconhecido e admirado em todo o mundo. O seu traço é de ousadia. Ousadia na busca da simplicidade e do novo que molda o betão e o transforma em suave beleza. Com a junção de linhas curvas e rectas, Niemeyer soube criar um estilo próprio de Arquitectura, desafiando o espaço na amplitude de grandes vãos livres. Respeitado em todo o mundo pela sua capacidade de superar obstáculos e ideias, e transformar sonhos em matérias, Niemeyer, é não só arquitecto. É também escultor, cenógrafo, escritor. Quando iniciou a sua vida de arquitecto, em 1936, a Arquitectura pontificava o funcionalismo que recusava a liberdade de criação e a invenção arquitectónica. Impunham-se sistemas construtivos e limitações funcionais. Mas estas não convenceram o jovem Oscar, que olhava as obras do passado tão cheias de invenção e lirismo. Não podia compreender como a Arquitectura contemporânea permanecia fria e repetida, numa época em que o betão armado podia oferecer formas livres e inesperadas. Para uns, é só a função que conta; para outros, inclui a beleza, a fantasia, a surpresa arquitectónica que é para Niemeyer a própria Arquitectura. No começo, Niemeyer procurou aceitar tudo isso como uma limitação provisória e necessária, mas depois voltou-se inteiramente contra o funcionalismo, desejoso de ver a Arquitectura integrada na técnica que surgia e juntas caminhando pelo campo da beleza e da poesia. E essa ideia passou a dominá-lo, irreprimível, decorrente talvez de antigas lembranças das igrejas de Minas Gerais, das mulheres belas e sensuais que passam pela vida, das montanhas e dos morros recortados na Baía de Guanabara. A beleza moderna da arquitectura de Oscar Niemeyer continuará a encantar o mundo Conceição Trigueiros |
![]() O arquitecto português Álvaro Siza vai ser distinguido com o Leão de Ouro pela sua carreira, na Bienal Internacional de Arquitectura de Veneza, que decorre naquela cidade de 29 de Agosto a 25 de Novembro. Esta é a segunda vez que o arquitecto é premiado nesta bienal, depois de em 2002 ter recebido o Leão de Ouro de projecto. O júri justifica o prémio pela carreira singular de Álvaro Siza: “É difícil pensar num arquitecto contemporâneo que tenha mantido uma presença tão consistente na profissão como Álvaro Siza. Que esta presença seja mantida por um arquitecto que vive e trabalha na margem extrema atlântica da Europa só serve para enfatizar a sua autoridade e o seu estatuto”, lê-se no comunicado, que destaca os projectos da Casa de Chá Boa Nova e as Piscinas de Marés, ambos em Leça da Palmeira. Para o júri, Álvaro Siza tem mantido ao longo dos anos “uma posição única na galáxia da arquitectura”. “Siza apoiou uma produção consistente de trabalhos ao mais alto nível”, diz o júri, explicando que “protegido pela sua localização isolada, ele emite conhecimento global”. “Experimentando com as formas da geometria extrema, ele consegue produzir edifícios de grande rigor. Desenvolvendo uma linguagem arquitectónica que é unicamente sua, parece falar para todos nós.” |
A projecção nacional e internacional de Siza é sinónimo de prestígio e dignificação da cultura portuguesa em todo o mundo. A AEAULP de que Álvaro Siza é sócio honorário felicitou o arquiteto português assim que a notícia foi tornada pública Álvaro Siza é o arquitecto português que acumula o maior número de prémios e galardões nacionais e internacionais, com um notável conjunto de obras realizadas em Portugal e muitos outros países em vários continentes. O seu labor tem sido reconhecido planetariamente, o que não deixa dúvidas nos convites, prémios e distinções constantes. A sua obra foi exposta num número infindável de cidades, como são os casos de Copenhague, Veneza, Milão, Helsínquia, Paris, Londres, Amesterdão, Delft, Berlim, Cambridge, Nova Iorque, Paris, Barcelona, São Paulo, Toulouse Yokohama, Bruxelas, e em lugares de tanto prestigio como o Museu Alvar Aalto, o Centro Georges Pompidou, ou a Columbia University em Nova Iorque. São numerosos os congressos e seminários internacionais e conferências em que tem participado, e os muito relevantes concursos limitados, de carácter internacional, para que tem sido convidado, bem como as inúmeras publicações de prestígio que têm abordado e divulgado os planos, projectos e obras de sua autoria. Álvaro Siza, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique atribuída pela Presidência da República Portuguesa, em 1999, e tem sido galardoado com prémios tão importantes como, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto (1988) ou o Prémio Europeu de Arquitectura da Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies van der Rohe (1998). Depois de mais de cinquenta anos de trabalho intenso, a sua obra mantém-se contemporânea no permanente ajuste realista às condições que enfrenta e permanece alvo de um interesse que não esmorece. Os importantes prémios que tem vindo a receber, são disto testemunho. |
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O Dr. Modesto Carvalhosa foi eleito por unanimidade Presidente do Conselho Geral da AEAULP em reunião que decorreu em Lisboa no passado dia 21 de Junho. Prestigiado advogado paulista com vasta obra publicada, Modesto Carvalhosa é doutorado pela USP onde leccionou até 1985. Tem tido uma forte actividade no que se refere ao tombamento e à preservação de vários edifícios. Tem desempenhado vários cargos destacando-se o de Presidente dos Conselhos de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo e é Membro do Conselho Consultivo do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Ministério da Cultura, desde 1986 |
Resolução do Conselho de Ministros n.º 7/2012 Portugal e o Brasil acordaram, por ocasião da X Cimeira, na realização, em 2012, em conjunto e simultâneo, do Ano de Portugal no Brasil e do Ano do Brasil em Portugal, iniciativas concebidas como oportunidades para actualizar as imagens recíprocas, promover as culturas e as economias de ambos os países e estreitar os vínculos entre as sociedades civis. O Governo Português e o Governo Brasileiro propõem-se dar forma a estas iniciativas através da organização de temporadas com vertentes culturais e económicas, projectando inovação e modernidade, a realizar entre 7 de Setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013, e envolvendo e somando esforços com os meios, instituições e agentes culturais, educativos, científicos, tecnológicos, económicos e mediáticos dos dois países. Deste modo, o Governo entende ser necessário dar, de imediato, início à definição do modelo de organização do Ano de Portugal no Brasil e, concomitantemente, da participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal, bem como designar o Ministério que assume a responsabilidade pela supervisão e coordenação dos respectivos trabalhos de concepção, preparação, organização e operacionalização, em articulação com os demais departamentos governamentais com competência na matéria, dada a natureza interministerial das actividades a desenvolver. Atendendo à manifesta complexidade associada à organização e gestão de iniciativas desta envergadura e abrangência, e à urgência na sua preparação a presente resolução designa, ainda, o comissário-geral de Portugal, que deverá apresentar um plano global para a realização do Ano de Portugal no Brasil e para a participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal. Assim: Nos termos do artigo 28.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de Janeiro, alterada pelas Leis n.os 51/2005, de 30 de Agosto, 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e 57/2011, de 28 de Novembro e pelos Decretos-Leis n.os 200/2006, de 25 de Outubro, 105/2007, de 3 de Abril, e 116/2011, de 5 de Dezembro, e da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve: 1 - Determinar que compete ao Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros a supervisão e a coordenação, a nível governamental, dos trabalhos de concepção, preparação, organização e operacionalização do Ano de Portugal no Brasil e da participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal, em articulação com os Ministros da Economia e do Emprego, e da Educação e Ciência e com o Secretário de Estado da Cultura. 2 - Criar, na dependência do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, uma Estrutura de Missão designada por «Comissariado-Geral Português para o Ano de Portugal no Brasil e para o Ano do Brasil em Portugal em 2012/2013» cuja missão é a concepção, preparação, organização e operacionalização do Ano de Portugal no Brasil e da participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal, a realizar entre 7 de Setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013. 3 - Determinar que a Estrutura de Missão tem os seguintes objectivos: a) Assegurar uma apresentação da criatividade e do conhecimento portugueses nas artes, cultura, pensamento, ciência, investigação, inovação tecnológica e economia; b) Assegurar a organização do Ano de Portugal no Brasil como uma operação de cooperação que implica os meios artísticos, intelectuais, económicos e mediáticos dos dois países; c) Assegurar todas as actividades necessárias à concretização do Ano de Portugal no Brasil e do Ano do Brasil em Portugal, de acordo com os objectivos, prioridades e eixos de programação definidos; d) Coordenar a programação e desenvolver um mecanismo de mobilização, selecção e chancela de projectos oriundos da sociedade civil, assegurando a elaboração do programa oficial do Ano de Portugal no Brasil; e) Assegurar a formação de um comité de patrocinadores oficiais, os quais beneficiarão da campanha de comunicação global do Ano de Portugal no Brasil, tendo em vista a constituição de um fundo de apoio a projectos, sem prejuízo do recurso ao patrocínio directo de acções e eventos que usufruam igualmente dos benefícios fiscais relativos ao mecenato, nos termos admitidos na legislação de ambos os países; f) Assegurar a elaboração e execução de um plano de informação e comunicação global e de amplo espectro do Ano de Portugal no Brasil, estabelecendo ou promovendo, para o efeito, parcerias com meios de comunicação de massas do Brasil; g) Desenvolver, conjuntamente com a entidade ou estrutura homóloga brasileira, o modelo de organização e operacionalização do Ano de Portugal no Brasil e concomitantemente do Ano do Brasil em Portugal, incluindo a definição de responsabilidades e objectivos comuns e de mecanismos de financiamento; h) Enquadrar e garantir a articulação entre as demais entidades, públicas e privadas, envolvidas ou interessadas nestas iniciativas ou na divulgação de Portugal no estrangeiro, concertando e somando esforços com as mesmas; i) Assegurar todas as actividades e eventos preparatórios do Ano de Portugal no Brasil e do Ano do Brasil em Portugal, em cooperação com a entidade ou estrutura homóloga brasileira, a terem lugar tanto em Portugal como no estrangeiro. 4 - Determinar que a Estrutura de Missão é dirigida por um comissário-geral, o qual é coadjuvado na sua missão por: a) Um coordenador-geral; b) Um conselho geral. 5 - Estabelecer que compete ao comissário-geral representar e dirigir a realização do Ano de Portugal no Brasil e a participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal, competindo-lhe especialmente: |
a) Representar Portugal perante as entidades nacionais e internacionais, em tudo o que esteja relacionado com o Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal; b) Dirigir, assegurando o exacto cumprimento das orientações governamentais, todas as actividades tendentes à concretização do Ano de Portugal no Brasil e do Ano do Brasil em Portugal, concertando com o seu homólogo brasileiro os termos da mesma e subscrevendo os compromissos adequados; c) Convocar e presidir às reuniões do conselho geral; d) Fazer executar o plano global para a realização do Ano de Portugal no Brasil e para a participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal; e) Remeter ao Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros relatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos, nomeadamente a elaboração do programa oficial, estimando custos e identificando fontes, públicas e privadas, de financiamento; f) Dar visibilidade e sensibilizar a opinião pública brasileira para o Ano de Portugal no Brasil; g) Contribuir para a divulgação do país e das suas potencialidades no Brasil; h) Praticar todos os actos que se revelem necessários ao cumprimento dos objectivos da Estrutura de Missão. 6 - Estabelecer que o conselho geral é presidido, por inerência, pelo comissário-geral, e composto pelo coordenador-geral, em representação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, por dois representantes da Presidência do Conselho de Ministros e por um representante dos Ministérios da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Educação e da Ciência, competindo-lhe: a) Coadjuvar o comissário-geral para a realização dos objectivos fixados; b) Identificar oportunidades para o Ano de Portugal no Brasil e para o Ano do Brasil em Portugal, identificando temas e projectos culturais e económicos em sentido amplo que possam despertar interesse comum; c) Pronunciar-se sobre a selecção de projectos e a definição da programação, bem como sobre o plano de informação e comunicação; d) Promover o envolvimento dos departamentos representados, de forma a garantir o seguimento e operacionalização dos compromissos assumidos e das decisões tomadas pelo comissário-geral. 7 - Determinar que os representantes da Presidência do Conselho de Ministros são designados, um por despacho do Secretário de Estado da Cultura e outro por despacho do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, sendo os restantes designados por despachos dos respectivos ministros. 8 - Determinar que o comissário-geral apresenta ao Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, no prazo de 60 dias a contar da aprovação da presente resolução, um plano global para a realização do Ano de Portugal no Brasil e para a participação nacional na realização do Ano do Brasil em Portugal. 9 - Determinar que compete à Secretaria-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros assegurar o apoio logístico e administrativo da estrutura de missão. 10 - Estabelecer que a estrutura de missão dispõe de um núcleo de apoio técnico permanente, a constituir com recurso aos instrumentos de mobilidade interna previstos na Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, até ao limite máximo de seis elementos. 11 - Determinar que os encargos orçamentais relativos aos custos de funcionamento da estrutura de missão, que incluem as despesas com o pessoal que a compõe, são suportados por descativação de verbas do orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros para 2012 e 2013. 12 - Determinar que os serviços, organismos, entidades ou estruturas públicos envolvidos concedam a prioridade possível, no âmbito dos respectivos planos de actividades para 2012 e 2013, à realização do Ano de Portugal no Brasil e do Ano do Brasil em Portugal. 13 - Estabelecer que o comissário-geral é equiparado a cargo de direcção superior de 1.º grau, para efeitos protocolares e do disposto nos artigos 7.º, 13.º e 15.º a 17.º da Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro, não sendo remunerado pelo exercício das suas funções. 14 - Estabelecer que o coordenador-geral, designado, em comissão de serviço, por despacho do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, é equiparado a cargo de direcção superior de 2.º grau, para efeitos protocolares e do disposto nos artigos 13.º, 15.º a 17.º e 31.º da Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro. 15 - Estabelecer que os membros do conselho geral não são remunerados . 16 - Nomear o licenciado Miguel António Igrejas Horta e Costa, para exercer as funções de comissário-geral de Portugal para o Ano de Portugal no Brasil e para o Ano do Brasil em Portugal, pelo período de duração da estrutura de missão ora criada. 17 - Autorizar o licenciado Miguel António Igrejas Horta e Costa a exercer funções ou actividades privadas remuneradas, nos termos da lei. 18 - Estabelecer que o mandato da presente Estrutura de Missão se inicia à data da aprovação da presente resolução e termina com a entrega do relatório final do Ano de Portugal no Brasil, o qual deve estar concluído até ao dia 31 de Agosto de 2013. 19 - Determinar que a presente resolução produz efeitos desde a data da sua aprovação. Presidência do Conselho de Ministros, 22 de Dezembro de 2011. - O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. |
Data Limite 31 de julho de 2012 Elegibilidade As propostas deverão ser apresentadas por Universidades ou Institutos de Investigação Científica de países de língua portuguesa. Premiação O valor do Prémio Fernão Mendes Pinto é de 8 000€ a atribuir numa parceria conjunta entre AULP e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ao autor premiado e cuja publicação será da responsabilidade do Instituto Camões. Forma de Solicitação Cada proposta deverá ser fundamentada, fazendo-se acompanhar pelo respectivo Curriculum vitae e de duas cópias da tese, uma em papel e outra em suporte informático. A proposta deverá ser instruída com uma Declaração da Universidade ou do Instituto de Investigação Científica a que o autor pertence, acompanhada do Parecer do Orientador da tese. Envie as inscrições para o endereço: Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) Avenida Santos Dumont, nº 67, 2º andar Código Postal 1050-203 Lisboa-Portugal Contatos Fax: (+351) 217 816 369 E-mail: aulp@aulp.org Home Page http://www.aulp.org/parcerias/premios |
Turmas 2012/02 – Mestrado (15 vagas), Doutoramento (8 vagas) Inscrições abertas: 29/03 a 16/05/2012 Área de Concentração PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO Produção de conhecimento e desenvolvimento de capacidade analítica e crítica sobre temáticas envolvidas nos campos de projeto de Arquitetura e Urbanismo, em suas diferentes escalas de objeto e territoriais do edifício à cidade, com espacial atenção às transformações modernas e contemporâneas. Linhas de Pesquisa ARQUITETURA MODERNA E CONTEMPORÂNEA: REPRESENTAÇÃO E INTERVENÇÃO Pesquisas relacionadas à compreensão e à análise crítica da ação de projeto arquitetónico moderno e contemporâneo. URBANISMO MODERNO E CONTEMPORÂNEO: REPRESENTAÇÃO E INTERVENÇÃO Pesquisas relacionadas à ação, ao estudo e à análise crítica das transformações e intervenções na cidade moderna e contemporânea. Corpo Docente Abílio Guerra; Ana Gabriela G. Lima; Angélica Benatti Alvim; Candido Malta Campos; Carlos E- Alonso; Carlos Guilherme; Carlos Leite; Charles Vicent; Célia M. Meirelles; Eunice H. S. Abascal; Gilda Collet Bruna; José Geraldo Simões Jr; M. Augusta Justi Pisani; Maria Isabel Villac; Nadia Somekh; Rafael Perrone, Roberto Righi; Ruth Verde Zein; Valter Caldana. As inscrições deverm ser feitas atrvaés dos seguintes endereços: Doutorado: http://www.mackenzie.com.br/stricto_sensu_doutorado2.html ; Mestrado: http://www.mackenzie.com.br/stricto_sensu_mestrado010.html Telefone: 55-11- 2114 8792 |
São seis os finalistas portugueses ao prémio FAD de Arquitectura e Interiores, atribuído há 54 anos. Entre 401 candidaturas, o júri seleccionou a Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga, de Pedro Domingos (“um projecto que torna memorável a experiência de habitar a partir da perspectiva de uma criança”), o Teatro Thalia, de Gonçalo Byrne, Patrícia Barbas e Diogo Lopes (“o poder do vazio, de um edifício que foi despido de todo o artifício e que recupera os valores abstractos do espaço”), a remodelação do edifício sede do Banco de Portugal, de Byrne e João Pedro Falcão de Campos, (“uma compreensão do edifício e do seu simbolismo programático e histórico”), ambos em Lisboa, que concorrem na categoria de Arquitectura com nove espanhóis. Está lá também o Centro Interpretativo do Mosteiro da Batalha, de Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos, que concorre na categoria de Interiores contra três espanhóis, destacado pela “subtileza e elegância da pele” como que se constroi este espaço expositivo. Na categoria Intervenções Efémeras, estão os projectos Montanha Agricultural, em Veiga de Creixomil, de Nuno Cruz, Bruno Gomes e António Lopes, e a instalação Ledscape, de LIKEarchitects, apresentada no Centro Cultural de Belém, que tem também três concorrentes. A única catergoria que não tem portugueses é Cidade e Paisagem. fonte: Jornal Público, 31/05/2013 |
Os cursos de engenharia e arquitectura portugueses vão ser reconhecidos pelo Estado brasileiro que assina hoje à tarde no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa o acordo com Portugal, disse à Lusa fonte diplomática.
“O Brasil vai passar a reconhecer os cursos de arquitectura e engenharia, depois de um ano de intenso trabalho diplomático” disse à Lusa a fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O acordo sobre o reconhecimento dos cursos põe fim a um longo processo e vai ser firmado no Palácio das Necessidades em Lisboa pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, pelo ministro das relações Exteriores do Brasil, António Patriota e conta com a presença dos ministros da Educação dos dois países. Este acordo é assinado no quadro da visita da chefe de Estado brasileira, Dilma Rousseff que se encontra a cumprir uma visita oficial a Portugal. 10/06/2 |