APRESENTAÇÃO Toda a Paisagem, qualquer que esta seja, implica sempre um verso e um reverso. Por verso entenderemos aquilo que se vê, enquanto que por reverso, aquilo que se não vê… sempre, claro, de um determinado ponto de vista. Poder-se-á considerar que existe uma relação dialéctica entre verso e reverso como entre ricos e pobres? Talvez, mas o que é certo, e eventualmente importante, é que as duas faces da Paisagem só são conceptualizáveis quando se apresentam em oposição. E pontos de vista diferentes darão azo a vivências também diferentes. É que a Paisagem, enquanto construção cultural, situada no espaço e no tempo, corresponde sempre a uma certa expectativa de quem a vê. A essa expectativa não são estranhos, claro, os juízos económicos que percorrem um vasto campo de significação que vai da função à beleza. Mas Paisagem, na condição de algo construído, implicará sempre a existência de um seu reverso, como uma peça de roupa ou o cenário de um teatro implicam, respectivamente, um forro e uns bastidores. Dever-se-á isso ao facto de, à semelhança de qualquer dispositivo espacial de representação, a percepção da Paisagem, como tal, só ser possível com o concurso de uma ilusão… por vezes sustentada materialmente? A esta pergunta pode juntar-se outra. Que representa a Paisagem? Ou, mais concretamente, onde vai esta pedir emprestado o seu sentido? É verdade que dispomos de respostas simplificadas quando evocamos o nosso reportório de conceitos ambientais, as nossas experiências poéticas culturalmente codificadas ou o mito. Em qualquer caso, algo se desenvolve aqui como um processo sempre dinâmico. E, de facto, é a partir do seu reverso que o, por assim dizer, mecanismo da Paisagem funciona. Aquilo que é necessário preservar, manter ou recuperar exige o emprego de determinados meios e/ou a mobilização de competências e, muitas vezes, da consciência do próprio público. Por isso mesmo, não existe, em rigor, Paisagem absolutamente natural. A presença do Homem, imprescindível ao reconhecimento da sua existência, vem perturbar-lhe a solidão. Estranhamente, toda a potência comunicativa da Paisagem assenta aí. Nos últimos cinco séculos ensinaram-nos a olhar para a Paisagem de modos específicos, familiarizando-nos com o seu verso. Conseguiremos, agora, numa tentativa de elementar Pedagogia, apreciar o seu reverso? Até porque, pelo verso e pelo reverso, a Paisagem é algo que merece a todos os títulos ser reconceptualizado. TEMAS 1. A Natureza do Turismo (motivações, mecânica, actividades correlacionadas, consequências e cultura do Turismo da “Natureza”) 2. Estéticas do Poder (dimensão estética da arquitectura e do urbanismo como expressão de uma ordem instituída) 3. Magical Mistery Tours: tematizações do espaço urbano (a cidade como equivalente do parque temática) 4. Paisagem Desprotegida (o devir incerto da ordem “natural”) 5. Filosofias da Sobrevivência (as doutrinas e os métodos de manutenção de modos de vida nos espaços sustentáveis) 6. Arte e Lixo: a forma das coisas (o bom e o mau destino das obras humanas) DESTINATÁRIOS Docentes universitários, investigadores, alunos e profissionais na área da Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Filosofia, Ambiente e Urbanismo, entre outros. LOCAL Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa CALENDÁRIO 21 de Setembro Data limite para a recepção dos Resumos Expandidos 5 de Outubro Divulgação do parecer da Comissão Cientifíca sobre a aceitação dos resumos expandidos 22 de Outubro Realização do Seminário Internacional "O (Re)verso da Paisagem - Filosofias da Pobreza e da Riqueza" Dezembro Publicação de Artigos pelo CIAUD Normas para submissão dos resumos expandidos: Documento Word (.doc), A4, letra Arial 10 e até 3500 caracteres (incluindo espaços); - Língua: português, castelhano, inglês ou francês. Todos os resumos devem constar de duas páginas: 1ª página – título, tema e nomes dos autores (incluindo instituição e país de origem); 2ª página – título, tema, 5 palavras chave e texto do resumo. 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