Negar a centralidade do juízo estético na nossa relação problemática com a arquitectura e com o design do nosso tempo é ignorar o funcionamento dos mecanismos básicos da psiqué humana que mobilizamos quando nos inserimos no chamado "ambiente". Não duvidamos de que os critérios positivistas herdados dos oitocentos foram finalmente postos em causa pela falência de uma visão radicada no cientismo iluminista. Mas, só por isso, não seria de esperar que, uma vez mais, o gosto viesse servir de ferramenta cortante no processo de distinção das formas mais visíveis do nosso habitat artificial?Este é o mote para a realização de uma Jornada de Reflexão intitulada “Para uma Fenomenologia do Kitsch – a arquitectura e o design como gostos e desgostos”, que decorrerá próximo dia 5 de Fevereiro de 2014, na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), organizada em colaboração com Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD), o Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL) e a Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa (AEAULP). |